Afinal, o que é NeuroErgonomia?

Quantas e quantas vezes você opina e dá orientações Ergonômicas num dia? “Faça isso para o trabalho não ser monótono”, “cuide aquilo para não dificultar a tomada de decisão” ou “para essa atividade precisa realizar mais treinamento” ..., mas porquê? Qual o motivo real dessas orientações? Seguir normas, autores e teorias? Não! Pelo menos, não deveria...

Tudo que acontece no organismo é orquestrado pelo nosso Sistema Nervoso, desde o sentir uma leve brisa ao se comunicar perfeitamente em outro idioma. Para isso existe um campo da ciência que buscar compreender todos eventos envolvidos nesse sistema fantástico, a Neurociência. Nesse ramo estuda-se anatomia, fisiologia, bioquímica ou biologia molecular do tecido nervoso e, especialmente, sua relação com o comportamento e a aprendizagem.

A Neuroergonomia une o conhecimento da Neurociência ao da Ergonomia. Mostra-se então como o estudo do sistema nervoso humano, principalmente o central, em relação ao desempenho no trabalho. Ela busca compreender a função desse sistema intrigante com o objetivo de elevar o desenvolvimento e aperfeiçoamento de “teorias Ergonômicas”. Por exemplo, o conhecimento de como o cérebro processa estímulos visuais, auditivos e táteis pode fornecer diretrizes importantes para nossa atuação na ergonomia cognitiva e auxiliar no design de tarefas.

É preciso entender como áreas corticais se comportam frente à multitarefas e os impactos da carga mental, por exemplo, bem como prevenir o erro humano ao criar interfaces neuroadaptativas considerando diferenças individuais na cognição, entre tantas outras compreensões necessárias.

 As descobertas mostram que o entendimento teórico e prático de como os humanos interagem e usam a tecnologia pode ser consideravelmente enriquecido se considerarmos também o funcionamento do cérebro humano que é, simplesmente, o responsável por essas atividades.

Sendo assim, a Neuroergonomia fornece informações necessárias para proposições nas configurações de trabalho, quer seja em atividades simples ou até sistemas complexos. Com isso, o conhecimento desse campo permite compreender o real impacto do labor ao indivíduo bem como o comportamento destes em diferentes situações, permitindo a proposição de prescrição de métodos mais eficientes e condições de trabalho mais seguras.

Ergonomia Cognitiva

Ergonomia Física

Ergonomia Organizacional